quinta-feira, 7 de abril de 2011

Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça


Estabelecer vínculos públicos com os Movimentos Sociais é uma forma de "sair do gabinete" e atuar "na base", em contato direto com as pessoas que fazem as manifestações e reivindicações por garantia de direitos e conhecer o seu "gerenciamento", por assim dizer, é criar a possibilidade de atuar "de corpo presente" nos processos de resistência social e política propriamente dita que almejam a igualdade de direitos jurídicos e sócio-econômicos que são garantidas por Lei, mas que, no entanto, é a partir das etapas da Gestão e de Inclusão de Direitos por meio da Luta Social cotidiana que, certamente, os desejos e ações pela Dignidade Humana serão alcançados coletivamente.
Implementar políticas públicas de caráter "minoritário" ou de "inclusão social" em nosso país é uma tarefa árdua, reticente e de muito esforço coletivo em qualquer instância, especialmente "de cotas", de "mulheres", de "orientação sexual" e assim por diante.
Os movimentos sociais que envolvem negros e negras, quilombolas, mulheres, homossexuais, professores e professoras por melhorias salariais e de infraestrutura, trabalhadores rurais e urbanos, ambientalistas, estudantes e demais segmentos costumam enfrentar os ditos "boicotes" de implementação de suas políticas caso não estejam, por exemplo, atrelados a alguns "partidos políticos", caso não façam "lobby" em "centros de excelência" das demandas sociais (legislativo/administrativo), caso não participem das "relações de poder" de determinadas Secretarias, Coordenadorias ou Ministérios, ou mesmo, sofrem impedimentos jurídicos, econômicos, sociais e de poder, propriamente ditos por simplesmente constituírem o "estereótipo" de "movimentos sociais" de cunho pejorativo e antidemocrático, por assim dizer.
No entanto, políticas públicas educacionais, que atualmente nos possibilitam "discutir" fatores sociais, simbólicos, de poder e institucionais, como as questões sobre "raça", "racismo" e "discriminação", servem como instrumentos de ação no combate a todo tipo de "preconceito" a que estão historicamente em conflito e resistência as chamadas "minorias".
A educação, a pesquisa, o diálogo e a capacidade de ver o "diferente" como "normal", "igual", o "Outro" e "estranhar" o seu semelhante no sentido antropológico do termo, é um caminho longo e terno de constituirmos uma participação social eficaz, atuante, "politicamente correta" e que consiga discutir em "pé de igualdade" aos desmandos de um processo histórico que ainda está em construção...

Foto e Texto: Ariana da Silva.
Cartaz: Curso Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça (Google)

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