quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ECOLOGIA HUMANA


A Amazônia é uma região que possui características peculiares no que se refere a seus sistemas culturais, como: etnicidade, formas de organização social, mitos, ritos e comportamentos adaptativos que envolvem uma sociabilidade complexa; a seus sistemas sociais, que são: as trocas intertribais, relações de parentesco, subsistência, casamentos etc; seus sistemas etnobotânicos: conhecimento de propriedades medicinais de plantas, regulação climática, criação de espaços naturais modificados historicamente etc; sistemas simbólicos: curandeirismo, rituais com banhos medicinais, lendas, magia, significados sobre o valor das chuvas, das curas, das plantas “repelentes de fantasmas” e outros sistemas envolvendo conflitos, devastação ambiental, violência e “esperanças” de sustentabilidade.

Como diria Edgar Morin (1999) em sua consideração sobre “sistema”: “Não apenas o todo é mais que a soma das partes. Eu diria mesmo que o todo é menos que a soma das partes (...) Além do mais, percebemos que tudo o que tem uma realidade para nós é, de certa maneira, sistema. Sistema, o átomo; sistema, as moléculas; sistema, o sol; sistema, as galáxias, sistema, a biosfera; sistema, a sociedade; sistema, o homem (...)” (p. 28-29).
A ecologia humana da Amazônia seja “internacionalizada” ou “territorializada” em conflitos e sistemas complexos e heterogêneos de sociodiversidade e biodiversidade, é configurada por comportamentos culturais e por saberes sobre a floresta que devem ser os “caminhos”, os “indicadores”, as “chaves” ou a “luz no fim do túnel” para uma sustentabilidade “de fato e de direito”: fato por ser social e sendo social, necessita de articulações que percorram por ações políticas e humanas, no sentido de que é preciso proteger essas populações amazônicas da ideologia/utopia do desenvolvimento sustentável e conservação de suas culturas; direito por ser jurídico, no sentido de que é urgente a demarcação de suas terras e o ordenamento de “patentes” que a lei costuma “desamparar” historicamente. A sustentabilidade e a organização dos povos da Amazônia precisam de proteção, de apoio, de “intervenção” política interna e de uma ecologia que conserve as suas peculiaridades e formas de sociabilidade que sabemos fazer parte de toda a complexidade que envolve a Região Amazônica, que entre os conflitos da modernidade e os conhecimentos tradicionais dos indígenas, ainda consegue resistir às intempéries que tem ocorrido desde o início da ocupação européia e que hoje se veste com a “biopirataria” e com o mito moderno do “desenvolvimento sustentável”.


RESUMO: Ariana da Silva - Mestrado, Antropologia, 2007.

terça-feira, 11 de novembro de 2008


Nooooooossa!

Agora que percebi que faz um ano que escrevi pela última vez no blog...

Bem...

Estou de volta...

Bjocas!!!!!!!!!!!!

:o)
P.S.: igarapé do Curuperé Bragança/Pará, mais Amazônia do que isso...

Boa noite!

Após algum tempo afastada decidi "reanimar" o meu blog sobre o tema da Educação Ambiental e gostaria de obter informações e dados recentes sobre o assunto, especialmente sobre a Amazônia e Belém...

Atualmente vivemos uma gestão de abandono das questões ambientais em nosso município e qualquer projeto que esteja voltado ao meio ambiente pode contar com minha parceria, inclusive, para que projetos sejam estruturados...

Bem, amanhã faço novas postagens mais elaboradas...

Aguardo visitas...

Beijos em todos (as)!

Ariana da Silva :o)
P.S.: foto do mangue na estrada da Praia de Ajuruteua/Bragança