sábado, 26 de junho de 2010

Cidadania, juventude e sexualidade - Por Ariana da Silva


O segmento social que envolve a juventude brasileira está pautado em nuances que caracterizam uma diversidade de valores éticos, políticas públicas, leis, jurisdição, padrões de estética e rebeldia, protestos, transformações biopsicossociais, relações religiosas e de cunho moral, regras sociais, relações raciais, de preconceito e discriminação de gênero, cor e etnia e ações históricas na vida cotidiana, escolar, social, cultural e sexual.
O jovem, entendido pela UNESCO como o indivíduo entre 15 e 24 anos, está envolvido por uma rede de proteção social que cria sustentações jurídicas como o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA –, Programas de inclusão do primeiro emprego, Métodos educacionais de formação cidadã, Medidas preventivas na área da saúde, Atividades esportivas e culturais de combate à violência e segregação social da pobreza, e afins, no entanto, é relevante a necessidade de discussões acerca dos temas da juventude e da sexualidade, ainda como espécies de "tabus", que avaliam o lado "reprodutivo", do "papel da procriação", de métodos anticoncepcionais, do combate à natalidade e da esterilização feminina mais que o exercício do autoconhecimento, do respeito ao Outro e da "significação" do que vem a ser "sexo", "sexualidade", "prazer", "HIV", "hetero ou homo", "orientação sexual" como também um sem número de conceitos que fazem parte do cenário do que conhecemos por "Sexualidade", de maneira ampla.
A sexualidade juvenil é demarcada e deve obedecer a padrões que, historicamente, remetem ao casal hetero, cristão, de classe média e que convive socialmente sem necessidade de avaliação social por simbolizar o “modelo” inculcado, as demais formas de orientação sexual são vistas como desviantes e contestadas em sua normalidade psicoemocional e estão moldadas em uma moralidade estabelecida pela coerção social.
A desigualdade social é outro fator fundamental do reconhecimento da juventude, que através de formas de convivência cria grupos de pertença a fim de demonstrar que faz parte da sociedade e que, portanto, mostra-se como punk, anarquista, movimento estudantil, grupos de teatro, teologia da libertação, grupos homossexuais –, gays, lésbicas, transexuais, bissexuais, etc., e que, à sua maneira, contestam os valores impostos culturalmente e que devem ser colocados em discussão a fim de estabelecer caminhos de inclusão social e cidadania.

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