segunda-feira, 18 de abril de 2011

Racismo e o Sexismo


O racismo e o sexismo na sociedade brasileira são práticas cotidianas que merecem um caminho de debates em sala de aula, no trabalho, nas igrejas ou nas casas de santo, nos sindicatos e em toda a esfera da estrutura social e política de um país que historicamente tem velado as diferenças com o discurso de "igualdade" sem precedentes, esquecendo que o "ser diferente" é a justa medida que equivale ao "compreender" o que está imposto, qual seja, a desigualdade sociorracial.
O Estado brasileiro é o responsável por engendrar as políticas, ações, medidas e atitudes que sejam capazes de gerir ao público, que deseja uma plena cidadania que os mecanismos de inclusão social sejam um fato, conforme o discurso oficial, não apenas enquanto discurso, mas, principalmente, como medidas eficazes que, em primeira e última instâncias, garantam a aplicabilidade de políticas públicas, por assim dizer.
Desse modo, os movimentos sociais em defesa do negro e da negra, do/a indígena, da mulher - branca, negra, mestiça -, dos trabalhadores e cidadãos em geral devem ser ouvidos, assim como participar das ações estatais como sujeitos de suas reivindicações para que uns não sejam "mais iguais do que outros", mas, pelo contrário, que sejamos diferentes enquanto um direito identitário, mas iguais, enquanto um direito político, que é, realmente, de todos e todas.

Texto e Foto: Ariana da Silva - Mulheres/Quilombolas, Acará, Pa.

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