Espaço destinado a discussões, comentários, informações e dados a respeito do Meio Ambiente Amazônico, com o objetivo de divulgar fatos ocorridos através dos conflitos sociais e das conquistas dos trabalhadores que habitam a região, além de indicar a Educação Ambiental como um dos caminhos de preservação da Amazônia e do Ser Humano.
sábado, 20 de novembro de 2010
"Meu "quilombo" tá lindo como o quêêê??"
O Dia da Consciência Negra é um momento de reflexão.
De exigir direitos históricos.
De reclamar dívidas inquestionáveis e quase irreparáveis.
De construir identidades étnicas, sociais e intelectuais.
Zumbi, Mandela, Franz Fanon, Zélia...
Ilustres que disseram não aos processos de dominação colonial européia e que nós tentamos diuturnamente compreender os seus legados de resistência contra as relações de poder até hoje impostas pela desigualdade e exclusão social em que negros e negras, mulheres e homens, que edificam a história do país, na maioria das vezes, continuam em situação social degradante, mas que, através dos movimentos sociais de construto étnico, fazem-se ouvir nos quatro cantos do Brasil.
Na comunidade de Itacuã-Miri, no Município do Acará (Pa), Agosto (2010), o rito: "Meu quilombo tá lindo como o quê?", cantado ao som de atabaques, com as saias rodadas no salão de festas de um Encontro de Mulheres Negras que delimitavam a sua história política de inclusão social, ressoa na minha lembrança como uma bela canção de pessoas que estão em busca de inclusão de fato (étnica, social, legal, jurídica, etc.), de melhorias, de participação social, de liberdade de expressão política e religiosa (que, no mito da democracia "racial", aparentemente existe) e, especialmente, lutam pelo reconhecimento do Estado e que ainda hoje configuram o limiar entre o passado e o presente histórico da sociedade brasileira.
Lembrar do Dia da Consciência Negra é uma forma de reafirmar o processo de resistência social e de identidade étnica em processo de construção, uma atitude política que precisa ser diariamente debatida para que as relações humanas e sociais sejam realmente democratizadas, de fato e de direito.
Texto e Fotos (Itacuã-Miri): Ariana da Silva
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Um comentário:
A importância das comunidade quilombolas para o processo de CIDADANIA que outrora negados e hoje somos resistência dentro de nossos quilombos buscando através da educação o fortalecimento de nossas raízes.Parabéns pela iniciativa.
Convido você para nossa I FEITRACESQ ( FEIRA INTEGRADA DE TRABALHOS ARTESANAIS CULTURAIS CIENTÍFICOS ESCOLARES QUILOMBOLA DAS ILHAS DE ABAETETUBA.
Dias: 21,22e 23 de novembro em comemoração a semana da consciência negra.Escola Municipal Santo André- Baixo Itacuruçá- comunidade Quilombola das ilhas de Abaetetuba.
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