A Amazônia é uma região que possui características peculiares no que se refere a seus sistemas culturais, como: etnicidade, formas de organização social, mitos, ritos e comportamentos adaptativos que envolvem uma sociabilidade complexa; a seus sistemas sociais, que são: as trocas intertribais, relações de parentesco, subsistência, casamentos etc; seus sistemas etnobotânicos: conhecimento de propriedades medicinais de plantas, regulação climática, criação de espaços naturais modificados historicamente etc; sistemas simbólicos: curandeirismo, rituais com banhos medicinais, lendas, magia, significados sobre o valor das chuvas, das curas, das plantas “repelentes de fantasmas” e outros sistemas envolvendo conflitos, devastação ambiental, violência e “esperanças” de sustentabilidade.
Como diria Edgar Morin (1999) em sua consideração sobre “sistema”: “Não apenas o todo é mais que a soma das partes. Eu diria mesmo que o todo é menos que a soma das partes (...) Além do mais, percebemos que tudo o que tem uma realidade para nós é, de certa maneira, sistema. Sistema, o átomo; sistema, as moléculas; sistema, o sol; sistema, as galáxias, sistema, a biosfera; sistema, a sociedade; sistema, o homem (...)” (p. 28-29).
A ecologia humana da Amazônia seja “internacionalizada” ou “territorializada” em conflitos e sistemas complexos e heterogêneos de sociodiversidade e biodiversidade, é configurada por comportamentos culturais e por saberes sobre a floresta que devem ser os “caminhos”, os “indicadores”, as “chaves” ou a “luz no fim do túnel” para uma sustentabilidade “de fato e de direito”: fato por ser social e sendo social, necessita de articulações que percorram por ações políticas e humanas, no sentido de que é preciso proteger essas populações amazônicas da ideologia/utopia do desenvolvimento sustentável e conservação de suas culturas; direito por ser jurídico, no sentido de que é urgente a demarcação de suas terras e o ordenamento de “patentes” que a lei costuma “desamparar” historicamente. A sustentabilidade e a organização dos povos da Amazônia precisam de proteção, de apoio, de “intervenção” política interna e de uma ecologia que conserve as suas peculiaridades e formas de sociabilidade que sabemos fazer parte de toda a complexidade que envolve a Região Amazônica, que entre os conflitos da modernidade e os conhecimentos tradicionais dos indígenas, ainda consegue resistir às intempéries que tem ocorrido desde o início da ocupação européia e que hoje se veste com a “biopirataria” e com o mito moderno do “desenvolvimento sustentável”.
A ecologia humana da Amazônia seja “internacionalizada” ou “territorializada” em conflitos e sistemas complexos e heterogêneos de sociodiversidade e biodiversidade, é configurada por comportamentos culturais e por saberes sobre a floresta que devem ser os “caminhos”, os “indicadores”, as “chaves” ou a “luz no fim do túnel” para uma sustentabilidade “de fato e de direito”: fato por ser social e sendo social, necessita de articulações que percorram por ações políticas e humanas, no sentido de que é preciso proteger essas populações amazônicas da ideologia/utopia do desenvolvimento sustentável e conservação de suas culturas; direito por ser jurídico, no sentido de que é urgente a demarcação de suas terras e o ordenamento de “patentes” que a lei costuma “desamparar” historicamente. A sustentabilidade e a organização dos povos da Amazônia precisam de proteção, de apoio, de “intervenção” política interna e de uma ecologia que conserve as suas peculiaridades e formas de sociabilidade que sabemos fazer parte de toda a complexidade que envolve a Região Amazônica, que entre os conflitos da modernidade e os conhecimentos tradicionais dos indígenas, ainda consegue resistir às intempéries que tem ocorrido desde o início da ocupação européia e que hoje se veste com a “biopirataria” e com o mito moderno do “desenvolvimento sustentável”.
RESUMO: Ariana da Silva - Mestrado, Antropologia, 2007.